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domingo, 9 de junho de 2013

Em tempos modernos vive-se por moda, inclusive religiosa.

O termo moda, segundo o Aurélio, entre outras coisas, significa: 1) Uso, hábito ou estilo geralmente aceito, variável no tempo, e resultante de determinado gosto, ideia, capricho, e das interinfluências do meio; 2) Uso passageiro que regula a forma de vestir, calçar, pentear, etc.; 3) Fenômeno social ou cultural, de caráter mais ou menos coercitivo, que consiste na mudança periódica de estilo, e cuja vitalidade provém da necessidade de conquistar ou manter uma determinada posição social.

A essência semântica presente no termo é o que caracteriza o viver na pós-modernidade, conduzido por uma presente sensação de tempo acelerado. Esta mudança periódica do estilo acontece, de certa forma, diariamente. São períodos diárias. Em Vidas Desperdiças, Bauman afirma que "a moderna forma de ser consiste na mudança compulsiva e obsessiva: na refutação do que 'meramente é' em nome do que poderia - e no mesmo sentido deveria - ser posto no lugar".

Este fenômeno desta moderna forma de ser está ativa e corrosivamente presente na cena da vida religiosa, e falo do lugar de cristã e evangélico. Para isto,basta ver, diariamente, o número interminável de "campanhas" ditas de espiritualidade, no sentido de alcançar a bênção do Eterno. Todavia, o que, estranha e paradoxalmente, existe nesta dinâmica religiosa das campanhas, fundamentalmente regido pelo espírito da vida moderna, é uma tentativa de negar a existência de Deus e da eternidade, tendo a vida centrada no aqui e agora, na vida terrena. Ouça as pregações, ouça as letras das música ditas gospel, e tire as suas próprias conclusões.

Hoje a vida religiosa cristã de forma geral, e, nomeadamente, a evangélica, em grande medida, vive apenas por moda.

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