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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sentido de comunidade na pós-modernidade: Perfil Lotado II.

Sendo o homem filho do seu próprio tempo, o que se estabelece nos tempos líquidos deve ser caracterizado como normal? Em certa medida sim! É normal alguém criar quantos perfis queira e seja possível no Facebook.

No entanto, pensando no homem como um ser para a morte, no dizer de Heidegger, e, por assim dizer, em essência, carente da presença, uma presença com Rosto, no dizer de Lévinas, ao pensamos as relações comunitárias em Tempos Líquidos, nos deparamos com o sentido de comunidade caracterizado pelo já, e este já não mais pela imagem da água na sua liquidez, um já na imagem de vapores, na sua dispersão. O Perfil Lotado I, Perfil Lotado II, Perfil Lotado III, e assim ad infinitum, traduz bem a realidade do fenômeno.

Em que sentido, este fenômeno se reflete sobre o contexto da vida comunitária cristã? A olho nu é provável que a dinâmica se repita da mesma forma, considerando-se contexto. Portanto, onde se lê Perfil Lotado I, II, III e assim por diante, leia-se: igreja Lotada I, II, III e assim por diante. Onde o espírito do fenômeno no contexto das redes sociais se reverbera, não como luz, mas como névoa, no contexto religioso. Há um “clicar”, um “add” em portas que se abrem, bancos, cadeiras, horários, campanhas, tardes das maravilhas, cultos da vitória, isto e aquilo aos montes. Estão lotados: bancos, cadeiras, desconhecidos, indiferentes entre si. São igrejas lotadas de meros adicionamentos da religiosidade líquida.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O sentido de comunidade em Tempos Líquidos.

Sabe que as transformações estruturais nas relações sociais não inevitáveis e, por assim dizer, são necessários por uma questão de sobrevivência da própria sociedade. Todavia, o que se deve observar é a forma como, ao longo do "desenvolvimento" da história dos humanos, foram e estão sendo processadas estas mudanças. É a nossa relação inevitável com o tempo, e, sem poder escapar, com a morte.

O que caracteriza, fundamentalmente, a vida das relações sociais, é o seu aspecto comunitário, e, a grosso mudo, não necessariamente no sentido de partilha, mas, no sentido aparência. Todavia, mesmo tendo na aparência o referencial essência dos pressupostos da vida comunitária, ao longo do desenvolvimento da história da humanidade percebia-se alguns princípios que se mantinham por determinado tempo que eram análogo ao ciclo de vida do humano, ou seja, alguém nascia, crescia, desenvolvia, reproduzia e morria sob e sobre terminado signo social; e ainda, pode-se dizer que os eventos da vida aconteciam ao rés-do-chão, era possível olhar no nível dos próprios olhos. Via-se o tempo passar. 

Em tempos líquidos esta relação verticalizou-se, ou seja, a nossa relação com o tempo é vertiginosa, pois, a todo tempo é preciso andar, ao tempo que se olha para cima, pois, as pessoas já não se encontram ao rés-do-chão. Paradigmaticamente observamos este fenômeno sendo reproduzido na engenharia e a construção dos seus edifícios cada vez mais altos. Muito embora tenha havido uma sutil tentativa de horizontalização, uma busca inconsciente do retorno ao rés-do-chão, criou-se os condomínio. Mas estes têm duas características que mantém a verticalização: é comum de apenas alguns e é fechado.